terça-feira, 26 de agosto de 2014

A religião que pratiquei escrevia-se com as letras do teu nome. Tua amiga e tua amante, agora e para sempre, Ámen. Une-nos um horizonte comum, um passado e um futuro, sem nunca nos chegarmos de verdade a encontrar no presente, no aqui e no agora. E agora que te vejo, cruamente transparente, de ti me despeço em oficiosa cerimónia, cinzas ao alto e um munto de infinito por abraçar. De ti me aparto e me apago, escrava velha das velhas orações que elevam e que te louvam, refém intrépida de te saber parte indelével de mim. Tu sabe-lo, eu também o sei, e assim me despeço e me faço ao caminho

Adeus e até amanhã e até ontem, mas nunca até hoje.


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