quarta-feira, 21 de maio de 2014

"Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando para brincar no meu quintal..."




Ele foi andando e eu nem dei por isso. 

A abruptidade com me deparei sozinha não podia ter sido mais contrastante com a subtileza com que reparei que já não havia esqueletos dele no meu armário. O ar tão mais limpo, as ideias tão mais certeiras, o corpo tão mais descontraído. Clara como água a vontade de viver mais e mais, mesmo sabendo que não só das alegrias se faz o caminho, mas de coisas menos boas também. 

Há uns bons meses atrás já tinha dado pela partida, quando agarrada ao volante cantei aos berros uma música qualquer que me chegava da rádio. E desde que cantei essa música, um sambinha bom vem embalando o meu coração, enchendo-o mais de mim e cada vez menos do supérfluo que esteve a mais, por tempo de mais. Agora, só o sambinha me percorre. E tão, mas tão bom que é esse acorde doce que me lembra que ainda vou ser mais e mais feliz. 

Oh, sambinha bom...

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