domingo, 8 de dezembro de 2013

Pronto, pensei, já fomos. Voluntariamente lançados à boca do lobo, que nem se esconde numa toca nem se camufla a olhares indesejados. O lobo ali exposto, visível, de frente à presa que se lhe oferece sem cerimónias nem rituais. Predador, presa, predador, presa. Um vence, o outro sai vencido. O corpo derrotado, destronado na batalha pela superioridade numérica. Dois é melhor que um. Mas se um vence, e não luta nem disputa mais territórios, o outro sai de cabeça baixa, descabelado e ferido, escalpe exposto, a imagem mais fiel que um perdedor pode ter. 


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