photo @ Cláudia Rocha 2013 |
que o amor está em todas as coisas, basta olhar. Dele bebo em cheiros, dele me encho em falésias, em todo o lado o encontro menos à flor da tua pele. Numa casa caiada de branco, numa velha porta de madeira em riste de azul, num telhado descascado onde me deito e me entrego ao céu. Estendo os braços num abraço etéreo, demorado e monocórdico. Aqui não chegam os sons das baterias nem dos órgãos, nem os pés das bailarinas a baterem no chão, nem os sinos e os cães e a banda e os foguetes pela manhã, quando o corpo ainda mal se abandonou da música, para agora se entregar à cama. O corpo embebido de lama, a alma despojada de contornos, só uns braços esticados à procura de amor.
esse amor que está em todas as coisas, basta olhar.
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